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Os principais críticos de cinema do Brasil se reuniram para selecionar os 100 melhores filmes nacionais. A lista foi realizada pela Associação Brasileira de Críticos de Cinema (Abraccine) e publicada no livro “Os 100 melhores filmes brasileiros”. Em uma edição de luxo, a obra foi lançada durante o Festival de Gramado, em 2016.

CINCO MELHORES FILMES BRASILEIROS

Ana Elisabete falou sobre o contexto histórico dessa hegemonia cinematográfica dos Estados Unidos.

A DISPUTA COM AS PRODUÇÕES INTERNACIONAIS

A concorrência com as mega produções estrangeiras atrasam a circulação dos longa-metragens nacionais. Segundo a coordenadora, há uma média de 100 à 120 filmes esperando por vagas nas salas de cinema. “A gente tem uma estrutura de exibição de cinema muito fechada para o filme nacional, que é dominada pelas grandes empresas de exibição americana. Na verdade, dominam todo o mercado internacional”, afirma.

Luta por espaço
Disputa
Gráfico do público
Hegemonia dos EUA

Cinema Brasileiro

História

FILMES BRASILEIROS LUTAM POR ESPAÇO NAS SALAS DE CINEMA

Altos e baixos caracterizam a história do cinema nacional. A ascensão das produções marcam o período atual da indústria cinematográfica brasileira. Projetos de financiamento têm colaborado para o investimento nos filmes, que são aclamadas pelo público e pela crítica. As novas produções tentam mostrar o potencial brasileiro, porém sofrem com a falta de espaço dentro das salas de cinema.

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O Brasil, hoje, conta com a Lei do Audiovisual, que assegura o investimento em todo o processo de produção até a exibição dos filmes. O Fundo Setorial do Audiovisual (FSA) é uma categoria do Fundo Nacional da Cultura e aplica recursos para a realização e a distribuição de longa-metragens. Essas políticas públicas contribuíram para o desenvolvimento do mercado de audiovisual nacional e na melhoria da qualidade das obras. Entretanto, não garantem a distribuição justa em relação aos filmes estrangeiros.

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A coordenadora do curso de Audiovisual e Novas Mídias da Universidade de Fortaleza (Unifor), Ana Elisabete Jaguaribe, aposta no cinema brasileiro e nessa fase de desenvolvimento. “A estrutura de produção do país, hoje, vive um momento muito interessante, nunca na  história do país a produção teve tanto investimentos, recursos para financiamento”, ressalta.

O gráfico abaixo compara, em milhões, a diferença de público que vai aos cinemas assistir filmes brasileiros e internacionais.

Infográfico

O INÍCIO DO CINEMA

NO BRASIL

Os irmão italianos, Paschoal Affonso e Segreto, foram os responsáveis pelo início do cinema nacional. Incentivaram a inauguração da primeira sala de cinema aberta ao pública, localizada no Rio de Janeiro, na década de 1880. Classificados como os primeiros cineastas do país, os irmãos, realizavam suas gravações na Baía de Guanabara, em 1898.

 

Depois da Primeira Guerra Mundial o cinema nacional passou por uma crise, devido a ascensão da indústria cinematográfica dos Estados Unidos. O declínio foi seguido por uma grande expansão audiovisual brasileira, na década de 1920 e 1930.

 

A filmografia brasileira possui clássicos como “O Cangaceiro” (1953), primeiro filme nacional que ganhou o festival de Cannes, produzido pelo estúdio Vera Cruz.

CINEMA NACIONAL NO SÉCULO XXI

As obras brasileiras têm ganhado destaque no cenário internacional. O aumento na produção, a introdução de tecnologias e os novos investimentos, contribuíram para essa visibilidade no exterior. A melhora na qualidade dos filmes é refletida nos prêmios e na crítica. Nenhuma produção totalmente brasileira ganhou o Oscar. Mas, obras de grande relevância, como “Cidade de Deus” e “O menino e o Mundo” receberam indicações para o prêmio.

Século XXI
Cinco melhores
Cinco melhores

Segue abaixo a listagem do cinco primeiros classificados.

5° “Terra em Transe” (1967)

O jornalista Paulo Martins é o personagem principal e tem seus sonhos falidos com o Golpe Militar. A trama acontece na República de Eldourado. A narrativa é uma crítica ao período de Ditadura do Brasil e de outros países da América Latina, relembrando o pensamento político e o contexto dos países na época.

1° “Limite” (1931)

O enredo do está baseado no encontro de duas mulheres e um homem. Os três, presos em um pequeno barco, perdem a esperança de conseguir sair dali e passam a contar suas experiências passadas. A história é construída a partir de flashbacks da vida dos personagens.

2° “Deus e o Diabo na Terra do Sol” (1964)

A seca é o cenário principal da história que narra a vida do casal, Manoel e Rosa. O sertanejo tenta partilhar o gado com o Coronel para conseguir comprar um pedaço de terra. Porém, ao informar o Coronel que sua parte dos animais morreu, ele exige sua parte como recompensa pela perda. O filme retrata uma crítica às posições sociais e à miséria.

3° “Vidas Secas” (1963)

O filme é baseado na obra de Graciliano Ramos. A trama apresenta uma família de retirantes. Fabiano, Sinhá Vitória, o menino mais velho, o menino mais novo e cachorra Baleia cruzam o sertão para fugir da seca e tentar sobreviver. O longa mantém o foco do autor, retratando a grosseria nas relações humanas.

4° “Cabra Marcado para Morrer” (1984)

A vida de João Pedro Teixeira é retratada no filme documentário. A gravação da obra que conta a história do líder camponês da Paraíba, morto 1962, foi interrompida devido o Golpe Militar. Após 17 anos, as filmagens foram retomadas. O longa é baseado em relatos dos camponeses, que trabalharam nas primeiras gravações, e na família de João Pedro.

Mapa
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